O dilema Ramírez

O técnico do Internacional divide opiniões: entre o apoio incondicional e a crítica sem fundamento, um conflito de abordagens (e geração) que marca o espírito do nosso tempo

Carlos Guimarães
13 min readMay 26, 2021
Miguel Ángel Ramírez, um personagem que busca romper uma cultura e fazer história no futebol brasileiro. Mas, será que é possível? Foto: Ricardo Duarte (Inter)

A ideia de revolução marca a história da humanidade e seduz os idealistas. É instigante pensar em revolucionar, quebrar um status quo, restabelecer uma ordem, romper com um sistema. A revolução é a instância do inconformado. Ela é necessária, ela modifica, abala os alicerces e inspira as pessoas. Não fossem por esses movimentos, a trajetória do ser humano ficaria inabalada, inerte, refém de tradições, estagnada e resignada.

Entretanto, o próprio conceito de revolução se perde quando ele é banalizado. Nem toda troca ou mudança é uma revolução. Ela pressupõe uma ruptura considerável não só nas estruturas, mas também em algo que é mais difícil de se deformar: a cultura. O que cultivamos é resultado das nossas crenças, saberes, valores e experiências. A gente não conhece o novo. Justamente, por isso, o tememos. É onde entram aqueles processos de desconstrução, outra palavrinha da moda, que nada mais é do que entender o espírito de cada tempo para reformar nosso pensamento, indicando caminho para uma nova cultura que se abre. É possível revolucionar? Se você estiver disposto a entender o que se revoluciona, talvez. Mas há um preço a pagar.

No futebol, eu coloco que há poucas revoluções em sua história e que algumas delas só serão percebidas como revoluções depois que houver um distanciamento temporal do acontecimento. O WM, o futebol húngaro dos anos 40/50, o catenaccio, o ferrolho e o futebol total foram abordagens — especialmente táticas — que reconfiguraram o futebol. Mas uma revolução não é sentida se a abordagem for parcial. Torna-se, logo, uma estratégia. Ela só pode ser absorvida como revolução se sua aplicação for total, ou seja, reconfigurar em diversos eixos (social, tecnológico, cultural, até político) o modo com que se entende o futebol. Nisto, é possível que a última grande revolução tenha sido a da Holanda de 1974*.

*NR: Não saberia dizer se o Barcelona de Guardiola é uma revolução. Entendo quem considere, mas ainda tenho dúvidas se não é uma estratégia baseada no futebol total. Seria uma revolução caso se tornasse um modelo hegemônico, mas não aconteceu. Ou, como a Holanda, uma espécie de tipo ideal a ser perseguido. Também não é possível dizer isto.

Estamos na era da imagem. Mais importante que as coisas é ver o modo com que as coisas são oferecidas. Por mais que a gente acredite que não há revolução possível no caso mencionado, o modo com que vendem fará com que você acredite que haverá revolução. Desde a chegada de Miguel Ángel Ramírez como treinador do Internacional, a ideia de revolução o acompanha permanentemente. Se não for uma revolução (porque não é), ao menos a lógica de ruptura (e isso é dito pelos dirigentes) alcança o status de objetivo a ser conquistado. O resultado é tratado como consequência e o rompimento com o que era feito em gestões anteriores é colocado como principal meta a ser conquistada.

Como toda quebra de paradigma que se propõe, é evidente que ele abala o que a opinião pública e a imprensa pensam. Porque há, ou nas entrelinhas, ou de forma explícita, a ideia de mudança de cultura. A tal desconstrução que mencionei, que nada mais é do que uma tentativa de alçar um novo paradigma, não como reconstrução, mas como rompimento. Tem duas coisas que são aparentemente imutáveis no pensamento humano: as paixões e as culturas. Aquilo que a gente se apega e aquilo que a gente aprende. Com a primeira, você mexe com a emoção, que é incontrolável, irracional, inexplicável. Com a segunda, você mexe com a tradição, que é a soma de tudo que você sentiu, pensou e aprendeu. É possível reaprender a consumir o futebol sob outro paradigma? Eu não sei responder. Mas, nesse percurso, há algo mais importante a ser analisado. A divisão de pensamentos sobre o treinador colorado não é só uma questão de ponto de vista. Ela é, também, um conflito de gerações, um duelo de abordagens e uma luta simbólica entre a inovação e a rebeldia que deslumbra contra a tradição que conserva.

Jogo de posição: uma representação que desafia a cultura

Como não quero dar crédito a ninguém nesse ponto e como não tenho um material próprio sobre isso, digite no Google “jogo de posição” e consuma o seu conteúdo de preferência. Você vai saber como funcionam os princípios adotados pelo treinador do Internacional. Não cabe a mim explicar, tem gente que faz isso melhor que eu. Eu já vi algumas considerações sobre o complexo modelo que pretende ser colocado em prática por Ramírez (pretende, pois ainda não há uma execução plena do JdP). A diversidade de princípios dentro desse conceito desafia o futebol como conhecemos culturalmente. Afinal, o que é o futebol?

A metafísica do futebol consiste em ser popular por ser fácil de jogar e de explicar. O jogo de posição é a antítese que tensiona a máxima que aprendemos. Ele não é fácil de jogar (executar) e não é fácil de explicar. Ele é, portanto, um método. Culturalmente, os métodos aprendidos são bem menos complexos. Um time ofensivo, um time defensivo. Um time que ataca, outro que joga na retranca. Um time que joga bonito (sic), outro que joga feio (sic). Eles são confundidos, geralmente, pela estética, ou seja, a visão que se tem do futebol é sobre aquilo que é apresentado e não sobre o que é feito para que ele seja apresentado de cada forma. Num campeonato, dez times podem ser ofensivos utilizando dez métodos diferentes. E você dirá apenas que os dez foram ofensivos.

A estética do jogo de posição é absorvida pelo público como um jogo de troca de passes, posse de bola e pouca velocidade e drible. Também não é uma verdade. Pode-se aplicar com drible e com muita velocidade. Logo, essa compreensão sequer raspa na trave quando falamos sobre algo complexo. Mas, então, por que ele gera tanta controvérsia, se ele é um método? É preciso transcender e se livrar dessas categorias engessadas. O jogo de posição é uma filosofia. Ele é uma representação. Ele é quase uma mensagem, um evento comunicacional. É o perfeito desafio ao sistema que mencionei na introdução. Você pode adotar um jogo mais simples e atingir objetivos maiores com isso. Mas você não faz uma revolução da sua cama e nem um omelete sem quebrar ovos, certo? No caso do Internacional, o JdP foi adotado não para ganhar, mas para romper.

Logo, torna-se um processo de reculturação: através de uma representação (o método, que transcende), você desfaz uma cultura (atingindo a tradição), destruindo um sistema vigente para introduzir uma nova cultura (através de uma inovação ou da introdução de um novo sistema vigente). É sobre isso que são as revoluções. Quando, em 1974, a Holanda amassou o Uruguai com uma pressão sufocante, e quando ninguém entendia isso direito, estávamos diante desse processo de uma maneira muito clara. Ninguém conseguiu reproduzir o que o time de Johann Cruyff fez, mas passou a ser um modelo perseguido. Quando, quatro anos depois, Cláudio Coutinho coloca princípios que eram ironizados pela imprensa da época, ele assumia como base esse modelo, com uma execução diferente. É como os Beatles: não foi só pela música, mas foi pela percepção do que é a indústria, do que é a composição, do que é o rock e dos caminhos que ele poderia ter após o lançamento de um Revolver (1966), por exemplo. Eu poderia citar o Pet Sounds, do Beach Boys (1966) ou o Nevermind the Bollocks, do Sex Pistols (1977), álbuns que foram muito mais importantes em legado que em escuta. É estabelecer uma nova marca a partir de uma nova ordem.

Não há percurso sem percalço. A ruptura proposta pela direção do Internacional, essa mensagem que se passa e esse processo de reculturação incidem sobre questões enraizadas em diversos fatores que conduzem a percepção, a paixão e as crenças sobre futebol. Balança, sobretudo, uma tradição. Para isso, precisamos perguntar: o que é o futebol para nós e o que significa a sua cultura? Como a resposta varia, o único padrão que observo entre convergências e divergências é a de que há um grande conflito de geração nesses pontos de vista.

Um conflito de gerações: o resultado e a estética

Você já ouviu a frase “sempre foi assim e deu certo”. É o que costumam utilizar quando uma tradição está prestes a ser quebrada. As tradições são formalidades culturais que apreendemos ao longo dos tempos, com uma série de fatores que as constroem. Vestir branco no ano novo, por exemplo, é uma construção social que hoje é vista como uma normalidade dentro de parâmetros que a sociedade moldou. As tradições passam por rituais ou por hábitos que as conformam. No futebol, elas existem para reafirmar o nosso gosto pelo esporte.

Com isso, é natural que, quando uma tradição é ameaçada, rejeite-se o que é novo. Muitas vezes, desconhece-se o que é esse novo e, em nome apenas da tradição, mantém-se a ideia de que não precisa mudar, reiterando que “sempre foi assim e deu certo”. Apegar-se às tradições é uma característica comum ao conservador, mas não somente a ele. Existem algumas que foram construídas e que não precisam ser diluídas, como a Copa do Mundo ou as rivalidades. No caso de uma troca de cultura, o choque é muito maior quando do outro lado se encontra um pelotão disposto a também se apegar ao novo só porque a sedutora narrativa da revolução encanta.

O encantamento dos jovens e a rejeição dos velhos no caso Miguel Ángel Ramírez é mais uma evidente manifestação daquilo que todos nós já sabemos há muito tempo: trata-se de um conflito de gerações. Embora muitos não tenham pesquisado o mínimo, que é sobre o modelo proposto pelo treinador, já abraçaram suas narrativas prontas, amparando-se em justificativas que variam do “sempre foi assim” ao “ganhou o quê?”, por parte dos desinformados tradicionalistas e vão até o “precisa de tempo” e “não dá para jogar por uma bola” dos deslumbrados apoiadores incondicionais. Ora, é claro que existem outras tantas formas de jogar entre o “jogar por uma bola” e o jogo de posição ortodoxo. Mas por que não existe essa relativização que contempla um meio-termo? Porque não se trata de gosto; é sobre narrativa.

Excluo entre estes aqueles que se informaram e que decidiram entender os processos. Para discordar, é preciso saber do que se discorda. Para concordar, também. Particularmente, não sou um fã do jogo de posição. Mas eu sei como funciona. Entretanto, é possível identificar um choque que beira uma alucinação coletiva de narrativas. Para os tradicionais, não importa o que ele faça, o que importa é o resultado. Se não vier, não serve. Para os inovadores, não importa o resultado, o que importa é a aplicação do modelo. Se ele for seguido à risca, não interessa se o time perdeu.

Futebol é resultado. O torcedor faz festa quando o time ganha e chora quando perde. Essa é a cultura que não precisa ser desmontada — e espero, de verdade, que não seja a intenção do Ramírez. O apoio incondicional por um modelo que visa a estética e não a competição é, no mínimo, curioso, e remete a uma volta àquele debate que se fez no Brasil entre a seleção de 1982 (estética sem resultado) e a de 1994 (resultado sem estética). As coisas se combinam, mas é óbvio que entre ambos, o resultado é mais importante.

A premissa dos defensores é de que o resultado se alcança com o tempo. Mas, até lá, parece ser proibido criticar situações pontuais, escolhas e querer ajustes. É como se o tempo fosse o senhor total da razão: só com ele e por ele, as coisas acontecem. Um percurso tem diversas intempéries. O tempo não é só para reafirmar uma convicção. Ele também serve para reorganizar ou até refazer as mesmas. Não existe projeto com tese, ele existe com hipótese. Por enquanto, a convicção de que o modelo é funcional está no plano da hipótese.

Enquanto isso, a chamada “velha guarda” repudia o que vê em campo, sem se preocupar com esse percurso mencionado, em que existem os métodos, os procedimentos e as ideias. Ao invés de procurar saber sobre o que é o jogo de posição, defenestra-se quem busca entender, rejeita-se o conhecimento, refugia-se na ignorância e reforça o “sempre foi assim”. É como se a tradição fosse um obstáculo para o conhecimento. Toda a bagagem de crenças, valores e saberes já está pronta, basta repetir aquilo que já foi. Como todo processo é dinâmico, o trem passa sem que você entenda como ele já está na próxima estação.

O papel da imprensa: narrativa acima de tudo

O que caberia à imprensa? Informar como funciona esse tipo de jogo. Apresentar ao torcedor seus juízos de valor de acordo com o seu conhecimento sobre isso, para concordar ou divergir, de acordo com o seu pensamento. Estamos diante de uma oportunidade única para tentar compreender um dos mais complexos sistemas que o futebol nos apresenta. Entretanto, o debate se torna igual ao de sempre. Por quê?

Ao contrário do que a gente diz, do que nos ensinam na faculdade e do que ela e as empresas (e alguns chefes jornalistas, inacreditavelmente) orientam para que a gente fale, jornalismo é sobre duas coisas: audiência e faturamento. A gente fala para um público para ter uma audiência que nos possibilite a continuar falando. O que a gente acredita (e é necessário como ethos) é que o jornalismo é um compromisso social e que o jornalismo esportivo deve ser uma editoria especializada, como as outras. Existem diversas diferenças entre o jornalismo esportivo e as outras seções do jornal. Trabalhamos com um público apaixonado, temos mais leveza, linguagem diferente e uma aproximação maior com quem nos lê, ouve ou assiste. O que nos aproxima, entretanto, é aquilo que foi mencionado acima: trabalhamos por audiência e faturamento.

Desta forma, entendo o jornalismo esportivo, por vezes, não sair do lugar e levar o seu debate para um nível superficial, onde preconceitos, dogmas e baixo nível são grandes operadores da nossa constituição. A gente é uma extensão do público que nos consome. Logo, precisamos, para ter audiência, de uma espécie de empatia com ele. No ecossistema atual da comunicação, quanto mais nos aproximamos, mais teremos audiência.

Com isso, questões que seriam básicas na nossa atividade, como, por exemplo, saber sobre o que se trata o JdP, tornam-se secundárias. O povão não sabe e não se interessa, por que cargas d’água um jornalista deveria se interessar? Acontece que não somos a massa. Estamos do outro lado do balcão, por mais que, hoje, o que funciona é que a gente seja uma extensão do pensamento dessa massa. É nossa obrigação saber o modelo do treinador do Inter para poder criticar esse modelo. Ou para poder elogiar.

Do outro lado, boa parte dos jovens analistas abraçou essa ideia de rompimento cultural, adotando métricas e pensamentos que convergem com o pensamento do treinador. Muitos o fazem para manter a narrativa que alimenta esse conflito de gerações. Para os novos, tudo o que é velho não importa. E tudo que os velhos fazem é ultrapassado. Soa ingênuo e pedante. Ora, se existem defeitos na cultura da imprensa esportiva brasileira, há diversas virtudes que os jovens não entenderam. Comunicação não é só conhecimento. É talento, técnica e experiência. Talvez, por isso, alguns modelos mais tradicionais de comunicação ainda se mantenham como hegemônicos. Porque é sobre como você vai capturar a audiência.

As duas partes são bem mais parecidas do que se imagina. Se uma opta pela ignorância do não saber, a outra acredita que o saber é tudo. Se uma acha que futebol é a coisa mais simples do mundo, a outra pretende dificultar a compreensão do esporte para ter um sentido de autoridade sobre o assunto. Se uma acha que futebol é “quem ganha”, a outra opta pela valorização da estética para descrever que tem conhecimento sobre aquilo. É a vaidade em dois eixos; seja ela por tradição, seja ela por inovação. Ou você é a autoridade por tempo de serviço, ou por tempo de leitura.

O sintoma dessas duas correntes é a óbvia falta de senso crítico quando a narrativa se enviesa para um dos lados. Quando Abel Braga foi treinador do Inter, mesmo perdendo, o time da “velha guarda” elogiava, dizendo que a equipe jogava melhor. Quando ele passou a ganhar, a “nova geração” o criticava, dizendo que “o time jogava por uma bola”. O senso crítico precisa estar afinado com os fatos e não com as narrativas. Não é um duelo de pragmatismo contra idealismo. O duelo passa a ser, como em tudo que o mundo faz, um conflito de gerações, onde a vaidade autoral parece contar mais do que uma simples interpretação dos fatos. A gente não critica ou elogia mais os fatos; a gente critica ou elogia as representações narrativas.

Conclusão: idealismo e prática

O dilema sobre Miguel Àngel Ramírez é menos conceitual e mais cultural. De um lado, a cultura que se escora na tradição de que “sempre foi assim”. De outro, a sedução por uma revolução que não é tão simples (e nem tão revolucionária), mas que deslumbra. Ambos apoiam-se em representações. O que representa o velho e o que representa o novo.

Possivelmente, serei acusado de falsa simetria, o que é uma falácia de quem tem preguiça de pensar. Eu me apoio na independência do pensamento para dizer que é tão errado se amparar em ignorância quanto em deslumbramento. Um, o faz por descaso e alega ser por tradição; o outro, o faz por vaidade e alega ser por inovação. Nem todas as culturas dentro do futebol precisam ser quebradas. E, caso tenha que se quebrar, que se faça de uma maneira gradual, sem o fácil fascínio pela disrupção. Ser revolucionário é o encantamento das novas gerações, talvez pela obsessão que têm em marcar algum nome na história ou por oposição a quem defende essas tradições. Mas, também, ser revolucionário não é algo natural, que se faça como se troca de roupa. Exige-se muito e há sempre um preço a pagar.

No caso dos mais antigos, também não é feio tentar entender essas novas concepções. É perigoso quando a desinformação se torna um motivo de orgulho. É necessário que se tenha um senso crítico, mas pelo correto, nunca por omissão e por desconhecimento. E é mais perigoso ainda quando a justificativa é a própria audiência, que “não quer saber dessas coisas”. Também cabe à imprensa explicar o que são “essas coisas”. Deixe que o público faça isso, não nós. Nós não somos o torcedor com microfone.

Entre os ideais platônicos de revolução e o burro conservadorismo de algumas tradições, é possível que se tenha um meio termo. Entender para criticar e para elogiar. Buscar compreender para saber o fenômeno. Não se deslumbrar. Contextualizar. Procurar deixar o guia e identificar a prática. Futebol é, essencialmente, uma atividade empírica (na acepção da palavra e não com o uso pejorativo que vejo jovens analistas aplicando). Mas é, sobretudo, uma paixão, que precisa ser preservada, seja pelo torcedor ou pela imprensa. Entretanto, para os jornalistas, há um outro compromisso, que é o da análise dos fatos e não das narrativas. Essa análise precisa ser feita com senso crítico e desprovida de preconceitos e encantamentos. Não há análise qualificada se ela for feita com a ignorância dos oráculos de outrora e tampouco com a arrogância dos neossábios.

--

--

Carlos Guimarães

Jornalista; comentarista esportivo; doutorando em Comunicação; mestre em Comunicação e Informação; especialização em Jornalismo Esportivo.